sexta-feira, 15 de março de 2013

O poeta queria ser filósofo

O poeta quer ser filósofo
Ele ajeita a cadeira, senta e pensa
Por que não consigo pensar? Ele pensa.
O poeta quer filosofar,
Mas ele ainda esta apaixonado por ela
E ela não lhe traz boas lembranças
Mas ele parece não se importar.

Ah! O poeta quer ser filósofo
Ele fixa o olhar e faz o discurso
Fala de tudo que não passa em sua mente,
Mas, ó céus, o poeta roubou um beijo
Mas dessa vez não foi como na primeira vez

Calma! O poeta quer apenas ser filósofo
Procura entender sua angústia e aceita os cortejos da mulher que o ama
Mas essa não é a que lhe trás lembranças.

Ó céus, deixem-me filosofar! Exclama o poeta.
Acalma-se e se convence estar racional
Ouve as músicas de ontem e estas não lhe fazem bem
O poeta chora, supera, fica melancólico,
Foge de si, se enfrenta, sorri.
O poeta faz uma música, faz uma poesia,
Casa com a solidão e a faz feliz,
Mas, ó céus, o poeta queria ser filósofo!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

confusão


Como eu faço pra saber quem sou, onde estou e do que eu gosto?
Quem sera capaz de me fazer bem?
Eu mesmo?
Não sei.
Não tenho sabido de nada ultimamente
E tudo que eu digo são palavras que só me confundem mais.
Onde está a paz que me disseram?
O que é a paz? onde ela mora?
Dúvidas e dúvidas batem a porta e sempre as deixo entrar
Só não sei o porque.
Todos os dias da minha não vida eu tento me contentar
Só não sei com o quê.
E tudo que sempre concluo sobre o que sei
É que não sei saber quem sou
E embora saiba onde estou
Não sei do que ou quem eu gosto.

Bertulino

Lá se vai Antônio Bertulino
Com a chupeta do poder na mão
Seguindo sempre seu trágico destino
Que o trans¬formara num político chorão

Fazia tudo conforme aprendera outrora,
Dando ouvidos à voz de velho pai,
Paga-se a ausência do amanhã com o auxilio de agora
Enganado o tolo que, com lamentos, sempre cai

E lá se vai fingindo importar-se com quem enganou
Deixando pra trás tudo que ficou
Querendo convencer-se de que quer para tais o não pior
E não é que se importe, mas assim mente melhor

Fazendo discursos melancólicos e plausíveis
Com eloqüência herdada de sua avó Bertuliana
E esta dizia pra sermos e não sermos insensíveis
Afinal, Bertulininho, quem não chora não mama.

Eu sou...

Eu sou... E sou...
Sou aquele que mente
Finge que não sente
Esquece o que não conquistou

Que viaja para além
Além do que se pode sentir
querendo não admitir
o bem-mal que lhe sobrevém

Eu sou a luz do contrasenso
que não se acende ou apaga
Luz que trás o escuro e brilha intenso
nesse equilíbrio que me afaga

Aquele que esquece de si mesmo
mas não se esquece de quem é, sozinho.
Que sabe que não sabe saber o termo
pelo fato de tal termo ser carinho

Eu sou o ignorante consciente
que não luta pela mulher amada
mas sou o que se auto convence a, contente
querer o amor, a liberdade não alcançada.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O último dos poetas


Alguém sabe onde está o último dos poetas?
Onde terá este se perdido?
Terá se arrependido?
O que nos resta?

Tudo que ele disse nunca foi ouvido
O que escreveu nunca foi lido
O que ele sentiu foi massacrado
Fugiu confuso, arrasado

Fugiu de si e por si
Correu para além de tudo
Onde só se pudesse ver o mundo
Mas o mundo que não é pra si

Onde estará o último dos poetas?
Escrevendo versos de amor em vão
Versos que ela nunca vai ler
E ela é quem lhe furtou o coração

Onde estará o homem adolescente?
Pensando na sua doce e amarga amada
Levando a dor no peito e a confusão na mente
Perdido na sua própria estrada

Onde estará o último dos poetas?
Quem poderá dizer?
Onde está o último dos poetas?
Também não sei.

Saudades


As vezes sinto saudades...
Saudades daquele tempo, bons tempos
Tudo era belo, infinito em cores, perfeito.
As árvores ofereciam suculentos frutos.
E o vento?
Há! Ele sempre acariciando meu rosto,
Revigorando as forças,
Tornando-me disposto.
Corrida entre as flores do campo...
Prefeito.
Anoitecer? Sim, mas antes mamão coloca seu filhinho na cama e...
É lindo vê-lo pegar no sono.
Agora faz frio e que doce ar gelado que me toca,
Que me faz parar de pensar e me conformar com o perfeito.
A propósito, nunca viu-se tantos perfeitos:
Nascer do dia perfeito,
Caminha até o lago? Perfeita,
Beijo de namorada perfeito,
Cruzar de mãos perfeito...
Não!
Desculpe, preciso parar...
E que são muitas as saudades.
Saudades daquele tempo
Que existe onde não há existência,
Mas lá onde surgem as existências.
Lugar desprovido do real.
Sinto saudades desse tempo passado,
Tempo tal qual não vivi
Exceto na minha mente
Que tão ingênua se ilude.
Definitivamente, sinto saudades,
Mas a responsabilidade não me deixa fechar os olhos.
Imensas saudades,
Mas preciso afirmar quem sou.
Não, apesar das saudades
Pro mundo da irrealidade...
Não quero voltar.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Gratidão

Gratidão?

Quantas vezes me convenci de ser grato? Nem lembro.
Quantos dias passei enganando a mim mesmo dizendo ter uma gratidão que nem conhecia? Não sei.

Sabe, esses dias andei sabendo de certas coisas e, depois de muito tempo, senti meu casulo espiritual se abrir e mais uma vez tive medo ao ver o voo da liberdade que tinha de fazer. Senti um imenso desejo, aquele velho desejo, de acordar e ver que aquilo tudo não aconteceu e que a realidade não é tão dura assim. Todavia, já percebi que esse mesmo nunca se realizará e, portanto, tinha de encarar os fatos.

Você já se decepcionou com alguém? Já se deparou com uma parte dentro de você que gostaria de acreditar que é tudo mentira enquanto o seu lado realista sabe que é tudo verdade? Eu também. E tenho que confessar que doeu, nossa e como, saber que aquele que te viu dar as primeiras pedaladas anda dizendo por ai que você não pedala direito, ver que o cara que te motivou a correr está convencido de que você não é tão veloz assim, quem te te deu força a todo tempo parece ter mudado de pensamento e que a ultima pessoa que deixaria de acreditar no seu potencial no mundo não pensa mais como antes. Sinceramente, doeu.

Por um instante vi aquele velho homem que tenta se drogar com a magoa pra fugir da dor, que agride de volta no lugar de falar apenas que doeu. Tive medo de não me conter e não ser aquele que não vem de mim mesmo, mas existe dentro de mim, tive que concluir que não deveria mais ter medo desse algo chamado medo.

Bom, voltando a gratidão sugerida, percebo que não devo me convencer de que não sou capaz, mas devo assumir que a desconfiança alheia levou-me a questionar o que tenho feito e pude entender que minhas ações levam as pessoas a acreditarem ou desacreditarem na minha pessoa e isso me impulsionou a mudar de direção e lutar pra conquistar aquilo que um dia tinha esquecido de buscar e que sempre foi, e ainda é, o que tanto quis.

Portanto, ainda assim, com tudo isso que me fez sentir dor, me sinto grato. Afinal, a dor me faz fugir do perigo e me faz perceber que estou vivo e, ainda, lembra-me que devo evoluir.

Obrigado por duvidarem de mim.Isso dói mas faz-me muito bem.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Piadinha sem malicia

A irmã vai na farmácia pesar uma criança.

irmã - Moço aqui tem balança de pesar criança?

Moço - A balança de pesar criança está quebrada, mas a gente faz assim... pesa a MÃE com a criança no braço e depois pesa a MÃE só, ei subtrai o peso da MÃE do peso geral e encontra o peso do bebê. Não é uma ideia brilhante?

irmã - é moço, a ideia é muito boa, mas não vai dar pra gente faze risso não.

Moço - Porque?

irmã - É que eu não sou a MÃE dele, eu sou a TIA.

Piadinha sem malicia

O irmão está pregando e começa a esboçar seu conhecimento biblico:

- Irmãos,homens de Deus aqui presentes, profetas, varões galileus, MOISÉS começa a contruir a arca, MOISÉS começa dizer que vai chover...

ops! o pastor da igreja chama a atenção do irmão e explica que quem construiu a arca foi NOÉ:

pastor - Irmão, quem fez a arca foi NOÉ.

Ele ignora e continua:

Pregador - E MOISÉS continua a construção...

Pastor - Irmão quem construiu a arca foi NOÉ!

Uma olhada pra traz e ele continua.

Pregador - uma tabua ali, outra tabua aqui e MOISÉS continua pregando e fazendo a arca..

Pastor - pela milesima vez, quem fez a arca foi NOÉ.

Pregador - MOISÉS termina a arca..

Pastor - Foi NOÉ.

pregador - Moisés....

Pastor - NOÉ

Pregador - MOISÉS

Pastor - NOÉ!

Pregador - O pastor aqui esta dizendo que não é, mas ainda que o homem diga não é.. Deus diz nessa noite que é.